Em 1955, Marisa e sua família mudaram-se para o centro de
São Bernardo do Campo,
região do Grande ABC, em São Paulo. Depois de frequentar uma escola humilde, Marisa foi transferida, na terceira série, para o Grupo Escolar Maria Iracema Munhoz. Aos nove anos, já tinha experiência como
pajem de três garotas mais novas.
Aos treze anos de idade, com a autorização do pai, Marisa começou a trabalhar na fábrica de
chocolates Dulcora, como embaladora de bombons. Permaneceu nesta até os dezenove anos de idade, quando se casou com o taxista Marcos Cláudio e deu à luz seu primeiro filho,
Marcos. Seis meses após o casamento, ainda grávida, Marisa perdeu o marido, assassinado a tiros.
Mais tarde, em 1973, trabalhou como inspetora de alunos em um colégio estadual. Neste mesmo ano, já
viúva, conheceu Lula no Sindicato dos Metalúrgicos de sua cidade natal. Os dois se casaram sete meses depois. O relacionamento de mais de trinta anos gerou três filhos:
Fábio, Sandro e Luís Cláudio. Marisa tem ainda uma entead]], Lurian, filha de Lula e sua ex-namorada Miriam Cordeiro.
Em 1980, quando Lula e diversos sindicalistas estavam presos devido às greves, liderou a Passeata das Mulheres, em protesto pela liberdade dos sindicalistas.
Vida política de Lula
Marisa começou na vida política militando ao lado do marido (eleito presidente do Sindicato em 1975) para que outras mulheres se juntassem ao movimento sindical na região. Em 1978, iniciaram-se as
greves no ABC paulista.
Foi Marisa quem cortou e costurou a primeira bandeira do
Partido dos Trabalhadores[carece de fontes], quando este foi fundado em 10 de fevereiro de 1980. Participou ativamente no início das atividades do partido, ajudando a criar núcleos e a estampar camisetas. Com a intervenção do governo federal no sindicato em abril do mesmo ano, Lula e outros sindicalistas foram presos, e as reuniões eram realizadas ilegalmente em sua casa.
Nesse período, ela organizou uma passeata de mulheres pela libertação dos sindicalistas. Centenas de mulheres e de crianças, todas cercadas por policiais,
tanques e
cavalaria, saíram da Praça da Matriz e caminharam pela rua Marechal Deodoro até o Paço Municipal, retomando à Igreja da Matriz.
Durante as disputas eleitorais de
1982,
1986,
1994 e
1998, nas quais Lula se candidatou, Marisa dedicou-se aos filhos, à casa e às campanhas. Em 2002, entretanto, com os filhos já adultos, pôde se dedicar exclusivamente à campanha do marido.
Em 1º de janeiro de 2003, Marisa Letícia tornou-se a
primeira-dama do
Brasil. Em outubro daquele mesmo ano, recebeu a Grã-Cruz da
Ordem do Mérito Real, durante visita do rei
Haroldo V e da rainha
Sônia da Noruega. Em 23 de julho de 2003 foi agraciada com a Grã-Cruz da
Ordem da Liberdade e em 5 de março de 2008 com a Grã-Cruz da
Ordem Militar de Cristo.
[2] Nos oito anos como primeira-dama do Brasil, Marisa Letícia não participou ativamente de nenhum projeto, fato duramente criticado pela oposição. Tradicionalmente a primeira-dama realiza projetos sociais, em paralelo as ações oficiais.
No primeiro turno das
eleições de 2006, Marisa não deu tanto apoio a Lula quanto nas eleições anteriores. Assim como o marido, acreditava que a disputa seria resolvida no primeiro turno. Entretanto, com a disputa encaminhada para segundo turno, Marisa começou a participar mais ativamente da campanha, mantendo uma agenda própria e realizando caminhadas sozinha em prol do marido em
Brasília e em
Goiânia.
Marisa nasceu
Marisa Letícia Casa, filha de Antonio João Casa e Regina Rocco Casa. Ao casar-se, seu nome passou para Marisa Letícia Casa dos Santos. Ao casar-se pela segunda vez, passou para Marisa Letícia Casa da Silva. Quando Lula incorporou seu apelido no nome, Marisa mudou novamente de nome, passando a chamar-se
Marisa Letícia Lula da Silva.
[3]
A ex-presidente
Dilma Rousseff afirmou que Marisa foi uma "mulher de fibra, batalhadora que conquistou espaço e teve importante papel político.
[7] Dona Marisa foi o esteio de sua família, a base para que Lula pudesse se dedicar de corpo e alma à luta pela construção de um outro Brasil". O presidente do Senado,
Eunício Oliveira, afirmou em nota que Marisa "foi uma mulher forte, atuou na militância política com doçura e firmeza, mas foi sobretudo mãe e esposa extremamente dedicada aos seus entes queridos".
[8] O ex-presidente Lula recebeu apoio de políticos opositores como
Fernando Henrique Cardoso, que o visitou, e recebeu telefonemas do presidente
Michel Temer,
José Serra, entre outros, que prestaram solidariedade.
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