quarta-feira, 31 de outubro de 2018
Análise: vem aí o governo Jair Bolsonaro, pela vontade das urnas

Com a população dividida e a oposição mobilizada, o futuro
presidente tem o desafio de construir consensos políticos para comandar o país
Pela vontade de 57 milhões de brasileiros, o capitão
reformado Jair Bolsonaro (PSL) subirá a rampa do Palácio do Planalto no dia 1º
de janeiro de 2019 para suceder Michel Temer. Vencedor do segundo turno contra
Fernando Haddad (PT), o futuro presidente obteve os quatro anos de mandato
dentro das regras democráticas. Dele, espera-se, portanto, um governo
enquadrado pela Constituição de 1988.
O resultado da eleição projeta mudança significativa na
política brasileira. Situado na extrema-direita do espectro ideológico nacional,
Bolsonaro altera a correlação das forças que disputam o poder no país.
Protagonistas nas últimas décadas, partidos como MDB, PT e PSDB terão de ceder
espaço para aliados do próximo presidente, parte deles concentrada no PSL.

Deve-se esperar também novo perfil de ministros na Esplanada
e de assessores presidenciais. Para começar, é certa a ascensão de número
expressivo de militares para os primeiros escalões do governo. Mas, apesar da
retórica contra a política do presidente eleito, a composição da futura equipe
também terá parlamentares. Está definido, por exemplo, que o deputado federal
Onyx Lorenzoni (DEM-RS) será o ministro-chefe da Casa Civil.
Nas próximas semanas, os brasileiros saberão se Bolsonaro,
de fato, vai montar uma equipe sem fazer loteamento de cargos com os partidos.
Dependente do Congresso para aprovar leis e mudanças na Constituição, o presidente
precisará negociar com os políticos para administrar o país.
Desafios
Sem experiência de governo e com pouco prestígio na cúpula
do Congresso, apesar de sete mandatos de deputado federal, o presidente eleito
ainda terá de provar capacidade de liderar uma mobilização política suficiente
para recolocar o Brasil no caminho do desenvolvimento.
Apesar da vitória folgada sobre Haddad, Bolsonaro também
terá o desafio de aprender a lidar com a oposição. Mesmo minoritárias, as
bancadas parlamentares terão força para incomodar e, em muitos casos,
atrapalhar o futuro governo.
No Senado, por exemplo, o MDB permanecerá isoladamente como
a maior bancada, com 12 representantes. Nome mais forte do partido, o matreiro
Renan Calheiros (AL) conquistou mais oito anos de mandato e, em uma amostra de
como pretende agir, avisou que o governo Bolsonaro vai “fazer água” no segundo
semestre de 2019.
Nas ruas, o futuro presidente encontrará dificuldades para
manter a mobilização da corrida ao Planalto e das comemorações da vitória.
Mesmo derrotada, parte importante da esquerda juntou-se a Fernando Haddad na
campanha em torno de bandeiras frontalmente contrárias às propostas de
Bolsonaro, como a defesa de direitos humanos, de minorias e da universidade
pública.
A adoção dos livros como símbolo da campanha presidencial do
petista, por exemplo, inspirou eleitores a levarem exemplares para a votação.
Em um país com educação precária – mais um desafio para o próximo chefe de
Estado –, essa parece uma maneira eficiente para chamar a atenção dos futuros
governantes.
Papel da oposição
Para as forças políticas vencidas pelo candidato do PSL, os
próximos anos serão de reflexão pelos erros cometidos e de reorganização das
estratégias. A subordinação da campanha de Haddad ao ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva mostrou-se um equívoco anunciado, pois todas as pesquisas
apontavam dificuldades para um petista ganhar de Bolsonaro no segundo turno.
Mesmo assim, Lula insistiu em manter controle da disputa ao
Executivo nacional. Como consequência de sua vontade, Haddad só foi lançado
candidato no início de agosto e, na prática, o tempo disponível até os dias de
votação revelou-se insuficiente para o ex-ministro da Educação ultrapassar
Bolsonaro. Desta vez, a estratégia do líder máximo do Partido dos Trabalhadores
fracassou.
Embora o candidato do PT tenha obtido 47 milhões de votos, a
aliança em torno dele não conseguiu agregar apoios suficientes para vencer a
eleição. Assim, o país viu a direita ideológica voltar ao poder depois de mais
de três décadas afastada.
Por fim, espera-se do presidente eleito postura menos
belicosa do que a adotada como deputado e na campanha. O estímulo ao uso de
armas e as ameaças físicas a adversários incentivam a violência dos seguidores
de Bolsonaro.
Nesse caminho, certamente, o Brasil não obterá o consenso
mínimo necessário para avançar na política e resolver os problemas da economia.
O capitão reformado terá, nos próximos quatro anos, a tarefa de acalmar os
ânimos da população e fazer o país crescer. Pela forma com que chegou ao
Palácio do Planalto, essa parece ser uma das missões mais difíceis para o
futuro presidente.
terça-feira, 30 de outubro de 2018
sábado, 20 de outubro de 2018
sexta-feira, 19 de outubro de 2018
Flagrado com mulheres e cerveja, goleiro Bruno perde direitos na prisão
O ex-goleiro Bruno Fernandes perdeu nesta sexta-feira o direito de realizar trabalhos externos ao presídio de Varginha (MG), onde está preso desde abril de 2017, dois dias depois de ser flagrado pela emissora TV Alterosa, afiliada local do SBT, na companhia de duas mulheres e com uma lata de cerveja na mesa.
O ex-jogador foi preso em 2010 e posteriormente condenado pelo homicídio triplamente qualificado de Eliza Samúdio, sua amante, e por sequestro e cárcere privado do filho que teve com ela. Bruno estava autorizado, desde o ano passado, a trabalhar em obras na Associação de Proteção e Assistência ao Condenado (Apac) de Varginha, sem supervisão.
No entanto, a 1ª Vara Criminal e de Execuções Penais da cidade retirou nesta sexta o benefício ao ex-jogador do Flamengo depois da veiculação da reportagem. Além de mostrar Bruno acompanhado em um bar, a TV Alterosa exibiu conversas de celular na qual Bruno cita facilidades como acesso a celular e bebidas alcoólicas.
Em nota, a Secretaria de Adminsitração Prisional (Seap) de Minas Gerais confirmou a suspensão do benefício. “Bruno saía do presídio às 7h e retornava às 18h, de segunda à sexta-feira, em um transporte fornecido pela Apac. A direção do presídio já comunicou o fato à Vara de Execução da comarca, que suspendeu a autorização para o trabalho do preso”, informou o Seap.
Com a decisão, Bruno deve ser mantido em regime fechado, sem permissão de trabalho externo, até que um processo seja instaurado para averiguar o ocorrido. Ao portal G1, Fábio Gama, advogado do goleiro, negou irregularidades – disse que Bruno não ingeriu a cerveja colocada à mesa e que o celular utilizado na prisão é comunitário e autorizado.
Condenações
Bruno foi condenado em primeira estância a 22 anos e 3 meses de prisão, pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, sequestro de menor, no caso, Bruninho, o filho que ele teve com Eliza e ocultação de cadáver – teve a pena reduzida para 20 anos e 9 meses, pelo fato de o último crime ter prescrito.
Ele chegou a deixar a prisão em fevereiro de 2017, por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Nos três meses em que esteve fora da cadeia, Bruno atuou pelo Boa Esporte, de Varginha. Em maio daquele ano, porém, nova ordem do STF o obrigou a retornar à prisão. Com a progressão referente aos trabalhos realizados, Bruno pode passar para o regime semiaberto em breve. A conclusão total da sua pena está prevista atualmente para 11 de maio de 2031.
Equipe de Campanha de Bolsonaro teme decisão Judicial no caso da doação das empresas para prejudicar o PT.

Na sua edição desta quinta-feira, o jornal Folha de S. Paulo revela que empresários têm bancado a compra de distribuição de mensagens contra o PT por Whatsapp, em uma prática que se chama pacote de disparos em massa de mensagens, e estariam preparando uma operação para a próxima semana, antes do segundo turno.
Segundo o jornal, cada pacote de disparos em massa custaria cerca de 12 milhões de reais, para o envio de centenas de milhões de mensagens. Ao menos quatro empresas podem ter usado essa prática, segundo o jornal.
A prática pode ser considerada doação de empresas por meio de serviços, o que é proibido pela legislação eleitoral, e não declarada, o que configura caixa 2.
Homem tem carro roubado no Centro de Queimadas durante assalto em plena luz do dia

Um homem identificado como Esmeraldo teve o carro roubado durante um assalto no final da manhã desta terça-feira (16) em Queimadas, na região sisaleira da Bahia. O crime ocorreu por volta das 11h30, em pleno Centro da cidade. Segundo informações da polícia, a vítima estava saindo de uma borracharia quando dois homens armados chegaram ao local a pé, anunciaram o assalto e levaram o carro modelo Siena, de cor prata. A vítima disse à polícia que os assaltantes estavam ‘de cara limpa’ e que chegaram a disparar tiros para o alto. Em seguida, os criminosos fugiram sentido Nordestina ou Cansanção. Apesar do susto, a vítima não foi agredida nem ficou ferida. Guarnições da Polícia Militar fazem buscas na região, mas até o início da tarde desta terça-feira o veículo não foi localizado, e nenhum suspeito havia sido preso. A vítima registrou a ocorrência na Delegacia de Polícia Civil da cidade, que investiga o caso.
Notícias de Santaluz
quarta-feira, 17 de outubro de 2018
Duplo homicídio é registrado em São Gonçalo dos Campos
Dois homens ainda não identificados foram encontrados mortos com sinais de execução na zona rural de São Gonçalo dos Campos, no início da manhã desta quarta-feira (17).
Segundo informações, os corpos foram localizados em uma estrada de chão do povoado de Sobradinho, próximo da rodovia BA-502. As vítimas trajavam apenas bermuda e foram assassinadas com tiros na cabeça.
Os corpos foram encaminhados para o Departamento de Polícia Técnica (DPT) de Feira de Santana.
Blog Central de Polícia, com informações de Carlos Valadares (Jornal Transamérica) e imagem ilustração.
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