
A suspensão do exame toxicológico para motoristas profissionais obterem ou renovarem a carteira nacional de habilitação (CNH) tem gerado polêmica. O SOS Estradas - Programa de Segurança nas Estradas - realizou estudo para checar se há na categoria condutores que tenham recebido a CNH para dirigir coletivos e veículos pesados, apesar de serem potencialmente usuários regulares de drogas.
Se, por um lado, o Departamento Estadual de Trânsito (Detran-BA) defende que não há comprovação científica da eficácia do exame, por outro, o SOS Estradas alega que a suspensão contribui para que motoristas usuários regulares de drogas ponham vidas em risco.
O programa identificou o índice de 10% em todos os estados como percentual de possíveis usuários de drogas. A estimativa é a mínima encontrada para motoristas profissionais, na média de estudos realizados pelo Ministério Público do Trabalho, pela Polícia Rodoviária Federal e por meios acadêmicos.
Segundo o levantamento, a Bahia é o segundo estado com maior número de motoristas potencialmente drogados no país. Com 677 carteiras emitidas, em 2013, sem a realização do exame, o estado fica atrás apenas de São Paulo, com 6.183 no mesmo período.
O cálculo foi feito com base na quantidade de CNHs nas categorias C, D e E renovadas em 2013. No ano, foram expedidas 81.202 habilitações na Bahia, com a média de renovação mensal de 6.766. A partir daí, o SOS Estradas realizou a estimativa com base em 10% de positividade para drogas, chegando ao total de 677.
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