Mais de um milhão de crianças tiveram suas carteiras atualizadas.
Duas novas vacinas foram incluídas no calendário infantil.

(Foto: Munir Zaman/ AFP Photo)
A Campanha Nacional de Multivacinação termina nesta sexta-feira (24), em todo o país. Em Salvador os dados iniciais da campanha revelam que até a tarde da terça-feira (21) foram aplicadas 1.700.012 doses de vacinas em crianças menores de cinco anos.
A Secretaria Municipal de Saúde revela que a vacina tríplice bacteriana (DTP) foi a mais administrada, com 361.157 doses. Também foram aplicadas 295.509 doses da vacina oral poliomielite; 292.586 doses da vacina tríplice viral; e 202.585 doses da vacina pneumocócica conjugada 10 valente.
A campanha é voltada para crianças menores de cinco anos. A população terá acesso às vacinas nos centros e postos de saúde. A Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) informou que a meta é vacinar 850 mil crianças que estejam no começo ou na fase final do esquema vacinal.
Novas vacinas
Na terça-feira (14), o Ministério da Saúde anunciou a inclusão de duas novas vacinas no calendário oficial, para crianças menores de 5 anos. As duas novas doses oferecidas são a pentavalente (contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B, meningite e outras doenças bacterianas) – que até então estava disponível em duas vacinas separadas, divididas em tetravalente e hepatite B – e a inativada contra poliomielite, que não conterá mais o vírus "vivo" e passará a ser aplicada por meio de injeção.
Idade | Vacina | Dose |
---|---|---|
Ao nascer |
- BCG (tuberculose) - Hepatite B |
Única |
2 meses |
- Pentavalente - Poliomielite injetável - Rotavírus - Pneumocócica 10 |
Primeira |
3 meses | - Meningocócica C | Primeira |
4 meses |
- Pentavalente - Poliomielite injetável - Rotavírus - Pneumocócica 10 |
Segunda |
5 meses | - Meningocócica C | Segunda |
6 meses |
- Pentavalente - Poliomielite oral - Pneumocócica 10 |
Terceira |
6 meses a menores de 2 anos | - Influenza (gripe) | Anual |
9 meses | - Febre amarela | Inicial |
12 meses |
- Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) - Pneumocócica 10 |
Primeira Reforço |
15 meses |
- Tríplice bacteriana (difteria, coqueluche e tétano) - Poliomielite oral - Meningocócica C |
Reforço |
4 anos |
- Tríplice bacteriana (difteria, coqueluche e tétano) - Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) |
Reforço Segunda |
Menores de 5 anos | - Poliomielite | Atualização da vacina |
10 anos | - Febre amarela atenuada | Uma a cada dez anos |
Uma das vantagens da injeção é que ela acaba com o risco de uma paralisia infantil causada como consequência da dose oral. Esse efeito colateral, porém, é raro: um caso em cada quatro milhões.
Primeiro x segundo semestre
O ministro Alexandre Padilha falou em coletiva de imprensa na terça-feira (14) que o calendário nacional de vacinação se dividirá em dois: um para o primeiro semestre e o outro para o segundo.
Nos primeiros meses do ano, o foco será a vacinação oral contra a pólio, para proteger individualmente cada criança e, ao ser expelida no ambiente (na água, por exemplo), ajudar a conter o vírus selvagem, que ainda está presente em países como Nigéria, Afeganistão e Paquistão.
No segundo semestre, em vez de ser aplicada uma segunda gotinha, o governo pretende atualizar o calendário vacinal. A meta será checar se a caderneta das crianças está ou não em dia.
Pentavalente
Padilha ressaltou que a vacina pentavalente tem o benefício de reduzir o número de picadas nas crianças, que devem tomar uma dose aos 2 meses, a segunda aos 4 meses e a terceira aos 6 meses.
"A vacina inativada já era usada para situações muito especificas de imunossupressão (deficiência do sistema imunológico), e agora vai para as crianças que ainda não começaram o esquema de vacinação da pólio. A injeção é indicada para o início da proteção contra a paralisia, até os 4 meses de vida, que é o período de maior risco", disse Padilha.
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