Um
relatório da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) aponta que a
operadora de telefonia TIM interrompeu propositalmente ligações feitas
por usuário do plano Infinity, no qual o cliente é cobrado por ligação
ao invés do tempo da chamda. De acordo com o site da Folha de São Paulo,
a Anatel monitorou todas as ligações entre março e maio deste ano, em
todo o Brasil, e comparou a queda de ligações entre usuários do plano
Infinity e de outros planos da operadoras, concluindo que a TIM
"continua 'derrubando' de forma proposital as chamadas de usuários do
plano Infinity".
De acordo com o documento da Anatel, entregue ao Ministério Público do Paraná, o índice de queda de ligações para os clientes desta modelidade do plano Infinity é quatro vezes maior do que o dos demais usuários do plano da operadora, lançado em 2009.
"Sob
os pontos de vista técnico e lógico, não existe explicação para a
assimetria da taxa de crescimento de desligamentos [quedas de ligações]
entre duas modalidades de planos", aponta o relatório.
Conforme
o documento, apenas no dia 8 de março de 2012, quase 8,2 milhões de
clientes da TIM foram afetados por desligamentos provocados pela
operadora. Nesse mesmo dia, os usuários teriam pago cerca de R$ 4,3
milhões por serviços não prestados em sua totalidade pela operadora.
Durante
as investigações, a TIM afirmou ao MP que a instabilidade de sinal era
"pontual" e "momentânea". Apesar da operadora citar dados fornecidos à
Anatel para demonstrar que houve redução das quedas de chamadas, o
relatório da agência contesta a veracidade das informações fornecidas, e
afirma que a TIM corrompeu a base de cálculos de ligações para informar
que os seus indicadores estavam dentro do exigido pela agência.
Por
conta do relatório, o Ministério Público do Paraná entrou com ação
judicial na segunda-feira (6) em que solicita a retomada da suspensão
das vendas de chips da operadora de telefonia TIM Celular
no estado enquanto as seis metas de qualidade sobre as quais a Anatel
apontou irregularidades não forem respeitadas. O MP ainda pede que a TIM
seja condenada a indenizar os consumidores com a devolução em dobro dos
valores cobrados indevidamente pela operadora com a interrupção
proposital das ligações.
A
Comissão de Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa do Paraná
ingressou nesta terça-feira (7) com uma ação parecida contra a TIM.
Suspensas no dia 23 de julho como forma de punição pela má qualidade dos
serviços prestados, as vendas de novas linhas de celulares e internet
das operadoras TIM, Claro e Oi foram liberadas pela mesma agência na
última sexta-feira (3) em diversos estados brasileiros.

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